Marcelo Dutra da Silva

Unidos pelo significado do ESG nas empresas sustentáveis

Marcelo Dutra da Silva
Ecólogo
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O ESG é um termo fascinante, que abre frentes de debate muito diversas, por vez acaloradas e até opostas, de opiniões contrárias, quanto ao significado do termo e suas múltiplas formas de aplicação. Há um caminho longo a percorrer, que não está pronto e leva para várias direções, construído no esforço pela divulgação e esclarecimento. É preciso sanar dúvidas e combater o ceticismo. O ESG (Environmental, Social and corporate Governance) é um processo de construção cultural, que primeiro deve incluir as pessoas. Empresas com cultura ESG são empresas que valorizam as pessoas e o impacto positivo da organização no ambiente de negócios.

O ESG deve ser visto como sigla central de convergências, na direção de uma nova cultura de consumo, produção e serviços, incluindo valorização do trabalho, bem-estar social e proteção do meio ambiente. Decisões baseadas nas responsabilidades ESG incluem medidas e práticas que podem estar alinhadas a múltiplas ferramentas. Por exemplo, aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 (ODS), preconizados pela ONU. Para alguns ESG e ODS são a mesma coisa, outros acham que o conceito mistura sustentabilidade com critérios de investimento responsável, as múltiplas certificações... E por aí segue uma longa lista de compreensões distorcidas.

O ESG é como uma caixinha de ferramentas, onde lá podemos encontrar todo tipo de medida ou prática de responsabilidade social, ambiental ou de governança, que qualquer empresa e/ou organização pode incluir ou adotar, desde que a iniciativa seja implementada com método e avaliada com critérios. É possível medir qualquer prática adotada, esteja ela alinhada ou não com os objetivos ODS ou a qualquer outra ferramenta útil. O sucesso está no impacto positivo que essas práticas trazem para o negócio ou que reproduzem na cadeia de negócio e na comunidade.

Portanto, o ESG abarca conjunto muito variável de iniciativas, práticas e condutas, que precisa ser encarado como estratégia de construção da cultura, que amadurece na medida que vai agregando novos fatores de responsabilidade ao desenho da organização e relacionamentos na cadeia de negócios. Uma caminhada de longo prazo, de ajustes infinitos, em direção a um futuro mais sustentável.

Quando realizamos o primeiro workshop sobre ESG & Sustentabilidade, a mensagem que procuramos passar foi essa. Marcado pela presença de pessoas importantes, com experiência de mercado, engajadas na execução das melhores práticas corporativas, o evento foi palco do ESG aplicado a diferentes setores da economia. E o encontro foi tão bom que várias ideias acabaram sendo colocadas no horizonte _ disciplinas de ESG em cursos acadêmicos de graduação e pós-graduação, MBA profissional, revista para divulgação de negócio sustentáveis, uma feira…

Tantas ideias e pessoas interessadas em colaborar que a primeira coisa que formamos foi um grupo de WhatsApp, que para minha surpresa está crescendo rápido, com quase 200 participantes. Dentro do grupo o clima é profissional, com opiniões e visões variadas e alguns debates técnicos. Uma experiência gostosa para aqueles que têm interesse no tema e/ou querem se manter informado sobre ESG e aplicação das melhores práticas de sustentabilidade, independente do setor, tamanho ou tipo de negócio, incluindo organizações públicas. Também, tem servido para a troca de figurinhas entre os profissionais e para todos um novo ambiente de network.

O grupo é aberto e basta solicitar acesso. A ideia é garantir a ampla comunicação e esclarecimento sobre o papel transformador do ESG na cadeia de negócios, na vida das pessoas e comportamento do consumidor, que ao final é quem define, dentro do mercado, que mudanças de conduta são necessárias nas empresas que desejam permanecer e sobreviver aos novos tempos e se encaixar no ideal da sustentabilidade. Uma fronteira que pode se revelar difícil de contornar.

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